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Responsabilidade pelos produtos defeituosos

Se os seus produtos tiverem defeitos, a responsabilidade é sua. Se lesarem os seus clientes: morte, lesões corporais ou danos materiais causados a bens pessoais (superior a 500 EUR), a sua empresa poderá ser responsável.

O caráter defeituoso de um produto é determinado por um nível de segurança inferior ao que os consumidores podem legitimamente esperar e não pela adequação do produto à utilização a que se destina.

Deve ter em mente que é responsável quando:

  • fabrica um produto final
  • fabrica componentes para incorporar noutro produto
  • importa um produto na UE para posteriormente o vender.

Se várias empresas forem responsáveis pela segurança de um produto, a parte lesada pode levar qualquer uma delas a tribunal.

As regras em matéria de responsabilidade pelos produtos também se aplicam à eletricidade e aos produtos agrícolas. Os contratos de venda não podem incluir cláusulas que reduzam a sua responsabilidade por um produto defeituoso.

Pedidos de indemnização

Para poder solicitar uma indemnização pelo dano sofrido, a parte lesada tem de provar que:

  • existe dano
  • o produto tinha um defeito
  • o defeito e o dano estão relacionados.

Experiência pessoal

Pedido de indemnização por trotinetas defeituosas

A Zephir é proprietária de uma empresa que fabrica trotinetas elétricas. Um cliente ficou ferido quando os travões da trotineta falharam durante a utilização. Após apresentar um pedido de indemnização, o cliente provou que a lesão ocorreu, que os travões estavam defeituosos e que o defeito causou diretamente o acidente. Um inquérito confirmou que o defeito existia quando o produto foi colocado no mercado e a empresa da Zephir foi considerada responsável pelo pagamento de uma indemnização.

A parte lesada tem um prazo de três anos para reclamar uma indemnização, a contar da data em que tomou conhecimento:

  • do dano
  • do defeito
  • da identidade do fabricante.

Enquanto fabricante, deixa de ser responsável pelos danos causados pelo seu produto dez anos após a data de colocação no mercado, exceto se alguém lhe tiver solicitado uma indemnização dentro desse prazo.

Casos em que não é responsável

Não será considerado responsável se provar que:

  • não colocou o produto no mercado
  • o produto não foi fabricado para venda
  • o defeito que causou o dano não existia no momento em que o produto foi colocado no mercado
  • o defeito apenas surgiu porque o seu produto tinha de cumprir normas técnicas obrigatórias
  • o estado dos conhecimentos científicos e técnicos no momento em que colocou o produto no mercado não permitia detetar a existência do defeito
  • só fabricou um componente e o defeito é imputável à conceção do produto final.

Experiência pessoal

Provar a não responsabilidade: quando um defeito não é culpa sua

A Anaïs tem uma empresa que fabrica componentes para cintos de segurança. Após um acidente de viação, o condutor lesado alegou que o cinto de segurança funcionou mal.

Os inspetores constataram que o defeito foi causado pela conceção do automóvel e não pelo componente fabricado pela empresa da Anaïs. A empresa provou que o seu produto não era defeituoso no momento em que foi colocado no mercado e que o defeito resultou de fatores alheios à sua vontade. Consequentemente, a empresa da Anaïs não foi considerada responsável.

Ver informações nacionais abaixo.

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Última verificação: 25/09/2025
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